Expedição linha Turquesa
Por Sergio Zanck
Durante o mês de abril a
Expedição “A Exceção e a Regra” esteve na Linha 10 – Turquesa, da CPTM.
Realizando apresentações nas estações de Ribeirão Pires, Mauá, Santo André e
São Caetano, sempre em dias da semana (segundas ou sextas) no horário das 20h.
Até o momento em que a
realizamos, foi a expedição com a maior média de público. Atribuímos esse
grande numero de espectadores a dois fatores: Primeiramente pela escolha das
datas e horários. Em expedições anteriores constatamos, ao realizar
apresentações aos domingos, uma quantidade menor de espectadores. Já nesse
trecho todas as ações foram em dias da semana, em um horário de grande fluxo de
trabalhadores nas estações. Outro fator que colaborou para a grande quantidade
de público foi que, a companhia possui em seu elenco várias pessoas que vieram
dessa região. Assim, foi grande a quantidade de familiares, amigos, grupos
parceiros que assistiram aos espetáculos.
A primeira apresentação dessa
linha foi em 10 de abril, em Ribeirão Pires, aconteceu de forma muito
espontânea. A CPTM disponibilizou uma área ainda dentro das dependências da
estação. Ao pé de uma árvore, com piso paralelepípedos, com a bucólica
escadaria da estação de arquitetura antiga servindo de arquibancada. A peça
aconteceu de forma tranquila, para com plateia repleta de artistas de grupos
locais, amigos, familiares, além do grande público espontâneo que a cada trem parava
para assistir.
Nossa segunda parada foi dia 17
de abril, na estação Mauá, se desenvolveu bem, depois de um início conturbado.
Ao chegar no local previamente acertado em visita técnica (realizada semanas
antes) com a CPTM, em um calçadão na porta da estação, fomos impedidos pela
guarda municipal e suposto “fiscal de uso de solo” de montar nossa área cênica.
Com argumentos de aquela seria uma área de circulação de
responsabilidade da prefeitura e que não tínhamos autorização municipal,
negaram nossa ação. E com delicadas indiretas e ameaças ao elenco e à
administração da CPTM nos impediriam de apresentar. A CPTM se mostrou
extremamente parceira do projeto, disponibilizando uma área dentro da estação e
liberando a entrada sem passar pelas catracas para quem foi assistir ao
espetáculo.
Após esse pequeno percalço a apresentação se desenrolou
muito bem, novamente para um grande público, composto de artistas de grupos
locais, alguns convidados do grupo e público espontâneo que descia a cada trem
que chegava.
Nossa terceira apresentação foi
dia 20 de abril, em Santo André, aconteceu na porta da estação, mais uma vez
reunindo um grande público, além de alunos da Escola Livre de Teatro, Fundação
das Artes de SCS, e Faculdade FAINC.
Finalizamos este trecho na porta
da estação São Caetano no dia 27 de abril. Novamente para um grande público. Na
plateia estavam os estudantes das escolas já citadas, além de alunos do projeto
Vocacional de São Paulo, e vários artistas de grupos locais.
Um trecho muito prazeroso de se
apresentar, com o espetáculo sendo assistido por muitos estudantes e
profissionais da área, além de amigos e familiares de nosso elenco. Muitos
retornos, questionamentos e possibilidades para o espetáculo, e para cada um de
nós.
Para nosso público alvo, os trabalhadores, muitos que nunca
foram ao teatro, a peça segue causando identificação e reflexão, diversos são
os retornos sobre esse ponto. O que aumenta nossa certeza de que estamos
apresentando nos locais certos, para as pessoas certas. Seguimos como o
projeto, rumo à linha Coral.
Expedição Linha Coral
Por Nei Gomes
A
quinta Expedição realizada no projeto contou com quatro apresentações na linha
Coral.
A essa
altura do projeto muitas das análises sobre o processo de apresentação nesta
perspectiva já estavam maduras e nos fizeram ter caráter menos experimental e
mais assertivo quanto à escolha dos locais e horários. Já nas visitas técnicas
realizadas anteriormente às apresentações muitas determinações eram definidas
com maior rapidez e eficácia, depois comprovadas pela própria apresentação e
relação com o público que a assistia. Para esta Expedição nossa Companhia
passou por um processo de mudança no elenco com a substituição da atriz
Andressa Ferrarezi e a entrada da atriz Miriele Alvarenga. Pelo fato do projeto
ser tão dinâmico e intenso o grupo estava bastante alinhando, conseguindo
seguir com as apresentações sem abalos estruturais e deficiência nas atividades.
A seguir a descrição dos locais de apresentação e breve relato sobre essa
experiência.
Estação
Guaianazes – Dia 08 de maio às 20h – A apresentação foi realizada do lado de
fora da estação, em frente ao terminal de ônibus num espaço de grande circulação.
Muitos ambulantes e pessoas que entrariam nos ônibus rumo a suas casas pararam
para assistir o espetáculo. Tivemos uma média de 60 pessoas acompanhando desde
o início e muitos que paravam e permaneciam o tempo possível dentro de suas
viagens.
Estação
Poá – Dia 12 de maio às 20h – A apresentação que estava marcada para acontecer
na Praça dos Expedicionários em frente à estação teve que ser transferida para
dentro da estação. Por conta da forte chuva no dia, alinhamos com os
funcionários da estação e conseguimos um espaço interno ao lado das catracas
para realizarmos esta apresentação. Muitas pessoas aproveitaram a
impossibilidade de seguirem pelas ruas por causa da chuva para assistirem o
espetáculo na saída das catracas.
Estação
Suzano – dia 21 de maio às 20h – Em parceria com o coletivo local Contadores de Mentira, tivemos uma
apresentação bastante cheia em uma das saídas da estação. Com muitos convidados
e público espontâneo, um número aproximado de 140 pessoas acompanharam nossa
apresentação.
Estação
Mogi das Cruzes – dia 23 de maio às 11h – Buscando outros públicos, decidimos
realizar uma apresentação no período da manhã na saída da estação Mogi das
Cruzes. Além dos usuários da CPTM e passantes pelas ruas, tivemos a presença de
um grupo de estudantes de teatro do projeto Fábricas de Cultura. Média de 160
pessoas.
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